HIPNOSE NO TRATAMENTO DO CÂNCER

POR LUIZ VIEIRA   
 
Atualmente, depois de muitas pesquisas científicas, vários fatos interessantes, que auxiliam o combate ao câncer e a promoção da saúde dos pacientes, foram descobertos. Por exemplo, cientistas espanhóis descobriram que moléculas de RNA (ácido ribonucléico) presentes em células de câncer de mama impedem a metástase de tumores malignos1. No Reino Unido outra descoberta interessante, traz à luz do conhecimento científico uma proteína chamada TES, que através da interação com outra proteína, conhecida como MENA (que é responsável por ajudar as células cancerosas a se moverem para longe de um tumor, levando a uma metástase), bloqueia o avanço dessa segunda, evitando metástases2.
 
Agora, vamos a uma explicação resumida do que é o câncer…
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).3
 
Sabemos que o responsável pelo gerenciamento de tudo o que ocorre no corpo é nosso cérebro, através do SN (Sistema Nervoso) em suas duas divisões: Sistema Nervoso Cérebro-Espinhal e Sistema Nervoso Autônomo.
 
Sistema nervoso cérebro-espinhal – é o iniciador da atividade muscular e regulador das nossas funções mentais e físicas. Consta de duas partes:
 
• Sistema nervoso central (SNC)
• Sistema nervoso periférico (SNP)
 
Sistema nervoso autônomo – funciona em um nível subconsciente e controla numerosas funções dos órgãos internos, inclusive a ação do coração, os movimentos peristálticos e a secreção de diversas glândulas. O sistema nervoso autônomo compõe de uma série de pequenas massas nervosas ou gânglios; por isso, também é designado sistema ganglionar. Consta de duas partes:
 
• Sistema nervoso simpático
• Sistema nervoso parassimpático
 
Sabemos também, que o cérebro é o “equipamento” através do qual a mente se manifesta. E é justamente através da mente, que podemos afetar as funções orgânicas, que são comandadas pelo cérebro e pelo SNA (Sistema Nervoso Autônomo).
Se considerarmos cada célula como um ser independente, que realiza seu trabalho específico, como uma abelha numa colméia que respeita uma organização própria maior do que sua individualidade, podemos compreender como funciona o trabalho celular no que diz respeito à inter-relação cérebro-organismo-célula.
Nenhum de nós precisa pensar para respirar, fazer o sistema digestivo digerir o alimento, fazer o coração bombear o sangue, e inclusive controlar as funções celulares de produção e eliminação, pois essas coisas respeitam a uma organização maior, independente de nossa consciência. No entanto, mesmo que essas funções orgânicas não sejam afetadas conscientemente por nós, muitos dos estímulos que recebemos, pensamentos que produzimos, sensações que experimentamos e emoções que sentimos, afetam profundamente nosso organismo físico; seja acelerando os batimentos cardíacos, aumentando nosso ritmo respiratório, aumentando a produção do suor, causando tremores, afetando a temperatura, a produção de determinadas secreções glandulares e substâncias neuroquímicas.
 
Então, como podemos negar o enorme efeito que a mente, em seus níveis, consciente e inconsciente, possui sobre o funcionamento de funções orgânicas? Negar isso, é dizer que emoções não afetam nosso estado físico, pensamentos não alteram o funcionamento de nosso organismo.
Alguns cientistas já afirmam que nosso cérebro não consegue distinguir o que é lembrança, experiência real e imaginação. As fibras musculares que são ativadas quando fazemos um exercício, são as mesmas ativadas quando imaginamos vividamente que realizamos o mesmo exercício.
 
Sabemos que a dor também precisa ser interpretada pelo nosso cérebro para que possa ser registrada como dor e causar os incômodos conhecidos. Mas, e se comandarmos nosso cérebro para, ao registrar tais estímulos, não registrá-los como dor em determinado local? É possível isso, e não é a toa que vemos cirurgias, assim como tratamentos odontológicos, sendo realizados sem anestesia.
 
Mas o que a hipnose tem a ver com tudo isso?
A Hipnose otimiza e maximiza os resultados em qualquer tratamento. Sua ação induz a um relaxamento que, sem a necessidade de transes profundos, tranqüiliza e reeduca o ritmo orgânico, produzindo saúde. Podemos dizer, simplificadamente, que Saúde é o estado de harmonia entre mente, corpo e meio ambiente. O corpo humano, para realizar suas funções e responder aos estímulos vivenciais satisfatoriamente, mantém, naturalmente, um estado permanente de tensão. Contudo, quando essa tensão eleva-se, ocorre o estresse, quando não cuidado pode chegar à depressão, que impede o bom funcionamento do organismo, produzindo doenças, diminuindo a resistência imunológica, gerando desequilíbrio metabólico e acelerando o envelhecimento corpóreo.
 
Muitas doenças regridem e são completamente extintas com o tratamento hipnótico. Há grupos de pesquisa que são exclusivamente voltados para pesquisas nessas áreas, onde tratam pacientes com câncer, AIDS, depressão, diabetes e hipertensão, com grande sucesso. Isso só para citar os casos mais sérios. Há casos, inclusive, de portadores do vírus HIV, que após cerca de 6 meses de tratamento, ao realizarem o exame novamente, foi constatado que a carga viral estava zerada, como relatado pelo Prof. Luiz Carlos Crozera, presidente do Instituto Brasileiro de Hipnologia e criador da Hipnose Condicionativa, de SP. Na Universidade de Londrina, por exemplo, o Estomatologista, Prof. Dr. Pedro Carlos F. Tonani leva a cabo pesquisas sérias, com pacientes com câncer de boca, por exemplo,  com grande sucesso nos tratamentos4.
 
As possibilidades que a hipnose traz, nos mais diversos tratamentos, são tantas, que ela ainda é quase que inteiramente desconhecida, já que ainda não podemos mensurar a capacidade de nossa mente e de que forma esta última pode afetar nosso estado físico e as funções orgânicas. O conhecimento que temos de hipnose está sempre seguindo de perto o conhecimento que temos da mente humana, e a cada nova descoberta em uma área, certamente afeta e contribui nas pesquisas da outra.
 
Sabemos que ainda há muita incompreensão do que é, verdadeiramente, a hipnose e como ela funciona, e a causa dessa incompreensão deve-se aos vários mitos que surgiram ao seu redor, mormente devido aos hipnotizadores de palco e alguns mistificadores.
Alguns profissionais levantam o fato do Dr. Sigmund Freud ter usado a hipnose por pouco tempo, logo depois abandonando-a, e atribuem à isso uma ineficácia da técnica. No entanto, devemos levar em consideração que a hipnose clássica, que está focada em poucos métodos que não se adaptam ao modus operandis do paciente, não contribui para uma boa eficácia, sem contar que Dr. Freud, além de não ser um exímio hipnólogo5, também possuía dificuldades na fala, após o câncer que o afetou profundamente.
 
Se formos levar em conta o trabalho de Milton H. Erickson, psiquiatra americano que renovou completamente os métodos da hipnose, dando origem à hipnose moderna, denominada hipnose Ericksoniana, podemos notar que seu sucesso com os pacientes era estrondoso. Ele inclusive chegou ao ponto de afirmar que toda e qualquer pessoa é hipnotizável, algumas mais facilmente e outras nem tanto, tendo maiores ou menores variações de acordo com a capacidade do hipnoterapeuta.
 
Sendo assim, qual seria o maior objetivo da hipnose?
Promover o bem-estar e a saúde do paciente utilizando recursos próprios do mesmo, recursos que muitas vezes são desconhecidos do paciente por estar tão focado em seu problema que precisa de ajuda profissional para ser direcionado corretamente. Nesse ponto, chegamos à classificação da hipnose, como atenção concentrada e focada em uma única idéia, direcionada para o alívio e cura de seus transtornos.
De posse dessas afirmações, e após muitas experiências realizadas pelos profissionais que trabalham com hipnose, podemos colocar que:
 
•O sistema imunológico pode ser profundamente estimulado durante estados alterados de consciência (transe hipnótico), onde o cérebro recebe ordens para melhorar o funcionamento desse sistema;
•A produção de determinados tipos de células pode ser estimulada através de induções realizadas durante transe hipnótico;
•A eliminação de determinados tipos de células também pode ser estimulada, durante o transe hipnótico;
•Todas as funções orgânicas podem ser estimuladas ou diminuídas através da ação do cérebro que recebe induções hipnóticas durante o transe terapêutico: respiração, batimentos cardíacos, irrigação sanguínea, produção de secreções, e etc.
 
Com isso, a hipnose é uma poderosa técnica, que pode ser aliada aos tratamentos tradicionais no tratamento do câncer, tais como: quimioterapia, radioterapia e etc. E ela pode tanto auxiliar na diminuição de tumores malignos, ajudando o corpo a combater as células cancerosas, fortalecendo o sistema imunológico, diminuindo os incômodos e efeitos colaterais da quimioterapia, ajudando no controle da dor, diminuindo ou até mesmo eliminando completamente esta última, auxiliando no humor do paciente, e uma miríade de coisas.
Para ilustrar como nossa mente pode influenciar positivamente nossas funções orgânicas e auxiliar na cura, reproduzo o seguinte trecho:
 
Como pode curar-se duas vezes e ainda morrer disso?
Lembro-me de ter lido, quando era um jovem médico, a respeito de um paciente que sofria de câncer terminal e que foi curado literalmente com uma injeção de água salgada, salina. Ele deu entrada no hospital, o corpo completamente desfigurado pelo inchaço de nódulos linfáticos malignos.
Estávamos na década de 1950, quando a medicina estava no auge do otimismo sobre a descoberta rápida de uma cura para o câncer. Os pacientes eram rotineiramente mortos ou quase mortos por doses de gás mostarda, o mesmo veneno usado em soldados nas trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, mas também a primeira forma tosca de quimioterapia.
Esse homem estava desesperado para receber o mais recente tratamento maravilhoso, conhecido como Krebiozen. Seu médico se desesperou por ter que desperdiçar a droga em alguém que provavelmente estaria morto antes do fim da semana. Mas, por pena, arranjou uma única dose de Krebiozen e injetou-a no paciente na sexta-feira. Ele se ausentou durante o fim de semana, acreditando que jamais veria o doente outra vez, mas ao retornar na segunda-feira de manhã, o paciente estava radiante. Todos os sinais de câncer haviam desaparecido; os nódulos linfáticos haviam retornado ao normal e ele se sentia perfeitamente bem. Perplexo, o médico lhe deu alta como curado, sabendo perfeitamente que uma única dose de Krebiozen não poderia de forma alguma ter aquele efeito em alguns dias.
Mas a história se torna mais estranha ainda. Após algum tempo, o paciente leu no jornal que os testes com Krebiozen haviam demonstrado sua ineficácia. Em questão de dias, seu câncer retornou e, mais uma vez, ele se internou no hospital em estado terminal. Seu médico não tinha nada para administrar-lhe e, assim, recorreu ao mais drástico dos placebos. Disse ao homem que ele receberia uma injeção de um "novo e aperfeiçoado" Krebiozen, quando na realidade estava aplicando-lhe nada mais do que uma solução salina.
Novamente o homem se curou em questão de dias. Pela segunda vez, saiu do hospital sem nenhuma evidência de câncer em seu organismo. A história não tem um final feliz, porque mais tarde, quando descobriu que todas as esperanças em relação ao Krebiozen haviam sido abandonadas, ele contraiu câncer linfático pela terceira vez e morreu logo em seguida.6
 
Podemos classificar o caso acima na categoria dos placebos, correto? Corretíssimo!
Quando os médicos e cientistas realizam testes com medicamentos em grupos de controle, onde parte recebe o medicamento e outra parte recebe o placebo, eles encontram resultados desconcertantes, pois no grupo de controle que recebe o placebo eles verificam que alguns indivíduos apresentam os mesmos efeitos de quem recebeu a medicação. À que se atribui isso, posto que muitas vezes os placebos são pílulas de farinha ou açúcar?
 
A única coisa que poderia ter feito o paciente alcançar os mesmos resultados de quem foi medicado é sua mente, atuando sobre seu organismo, baseada numa crença inexorável de que o medicamento real estava atuando em seu corpo. Com isso, produzia em seu organismo todo o contexto de funcionamento como se a substância química externa estivesse realmente agindo, e como o cérebro normalmente não consegue discernir entre realidade e crença… E isso já foi demonstrado por neurocientistas através de exames com eletroencefalograma e PET durante estados alterados de consciência gerados por transes hipnóticos7.
 
Um caso interessante, são as experiências do Dr. Simonton, um médico americano, que após um paciente seu, no final da década de 70, ter conseguido a cura de um tumor maligno na garganta, após receber o diagnóstico onde os médicos diziam ter apenas 5% de chances de sobreviver ao tratamento. Tal cura foi alcançada pelo tratamento convencional aliado a técnicas de visualização, idênticas as técnicas utilizadas por hipnoterapeutas há décadas.
 
Dr. Simonton, após esse episódio, dedicou-se à pesquisa da capacidade dos pacientes em auxiliar o tratamento tradicional através de sua mente, com meditações e transes hipnóticos. Fundou assim, o Simonton Cancer Center8, onde publica artigos e divulga suas pesquisas.
Com o passar inexorável do tempo, e o avanço das pesquisas acerca do cérebro humano, suas características e possibilidades, a hipnose será considerada uma ajuda poderosa no tratamento do câncer, pois age onde nenhum medicamento consegue agir: a mente humana! Essa última é, justamente, a responsável pelo gerenciamento de todas as nossas funções, através de nosso sistema nervoso.
 
A beleza da coisa é: o próprio corpo humano tem os meios para derrotar o câncer! Apenas precisamos encontrar o caminho de volta à saúde original, e para isso é necessário ensinar o corpo a trabalhar da melhor forma possível, e aproveitar ao máximo os estímulos que os medicamentos e os tratamentos convencionais trazem.
 
Referências:
 
“Cientistas descobrem moléculas que podem impedir metástase”, Fonte: Agência EFE
“Interação entre proteínas pode evitar que câncer se espalhe – diz estudo”, Fonte: BBC Brasil
Fonte: INCA – Instituto Nacional do Câncer
Grupos de Pesquisa – Instituto Brasileiro de Hipnologia,
http://groups.msn.com/HIPNOSECLINICA/grupodepesquisas.msnw
Roberto Andersen – Artigo “Hipnose”,
http://www.iupe.org.br/ass/psicanalise/psi-hipnose.htm
Dr. Deepak Chopra – “Como Conhecer Deus – A Jornada da Alma ao Mistério dos Mistérios” – Ed.Rocco
Lucínio, Ivonete D. e Oliveira, Lúcia Helena de – Artigo “O cérebro hipnotizado”, fonte: Revista Superinteressante
http://www.simontoncenter.com/
 
*Luiz Vieira, Bacharel em Filosofia e Pós-Graduando em Filosofia Clínica, é psicoterapeuta formado em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica pela ABPR, Hipnose Clínica pelo Instituto Brasileiro de Hipnose, Hipnose Ericksoniana pelo INAP e trabalha em consultório aplicando a Psicoterapia Reencarnacionista, Regressão, Hipnose e EFT (Emotional Freedom Techniques), atendendo pessoas com os mais variados sofrimentos existenciais.
 

SITE PEDE QUE MULHERES EXIBAM OS SEIOS CONTRA CÂNCER DE MAMA

17/1/2008
 
O site de uma organização canadense está incentivando as mulheres a postarem fotos de seus seios na internet, como forma de incentivar o combate ao câncer de mama.
 
Dezenas de mulheres já fizeram o upload de suas fotos, incluindo pelo menos 20 pessoas que tiveram câncer de mama e tiveram de ser submetidas a uma mastectomia –cirurgia de retirada da mama.
 
A intenção da Rethink Breast Cancer (algo como Repense o Câncer de Mama) é chamar a atenção das mulheres sobre a importância do auto-exame como modo de facilitar o tratamento de uma possível doença.
 
Como parte da campanha TLC (sigla em inglês para toque, olhe, cheque), as mulheres estão sendo convidadas a "mostrar os seios no TLC".
O site ensina como fazer o auto-exame, para detectar possíveis nódulos. Depois de fazerem o exame, elas podem tirar uma foto de suas mamas –vestidas, em um sutiã ou nuas– e postar a imagem no site www.boobywall.ca
 
De acordo com a organização, o site é seguro e completamente confidencial. As mulheres podem participar utilizando seu próprio nome, fazendo algum comentário ou uma dedicatória para alguém que morreu devido a doença.
 
Relacionamento
 
De acordo com MJ DeCoteau, diretora executiva da organização, a idéia é alcançar mulheres jovens, que gostem de participar de redes sociais como o Orkut ou o Facebook.
 
A Rethink, uma instituição que cuida de mulheres jovens com câncer, afirma que lançou a campanha para alertar as pessoas sobre o câncer de mama, mas também para tirar um pouco do medo em relação à doença.
De acordo com a organização, o esse câncer é a maior causadora de mortes entre mulheres entre 15 e 40 anos. Cerca de um quarto dos casos de câncer de mama ocorrem em mulheres com menos de 50 anos.
 
Fonte: Folha Online
 

MULHERES NEGRAS TERIAM CÂNCER MAIS CEDO

17/1/2008
 
Mulheres negras desenvolvem câncer mais cedo do que as de pele branca, informa um estudo publicado no British Journal of Cancer. A pesquisa, feita com 300 mulheres no Reino Unido durante onze anos, mostra que as negras foram diagnosticadas com a doença em média 21 anos mais jovens do que o restante do grupo.
 
A publicação, do Cancer Research UK, sugere que existam diferenças biológicas na maneira como a doença se desenvolve, mas acrescenta que outros estudos são importantes para confirmar a teoria. A pesquisa também informa que a idade máxima para o diagnóstico do câncer em pacientes brancas é de 67 anos, contra 46 em pacientes de pele escura.
 
Segundo a responsável pelo estudo, a doutora Rebecca Bowen, as negras costumam ter câncer mais agressivos e se adaptam com mais dificuldade a remédios contra a doença, como o Herceptin®, por exemplo. "Ainda é cedo para sugerir mudanças nos programas de tratamento da doença. São necessários estudos maiores sobre o assunto", afirma a médica.
 
Fonte: O Globo
 
 

CIENTISTAS DESCOBREM MOLÉCULAS QUE PODEM IMPEDIR METÁSTASE

10/1/2008
 
Moléculas de RNA presentes em células de câncer de mama impede que doença se estenda a ossos e pulmões.
 
MADRI – A atividade de duas moléculas de RNA (ácido ribonucleico) presentes em células de câncer de mama impede que a doença se estenda a ossos e pulmões, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira, 9, pela revista Nature.
 
A pesquisa pode permitir o desenvolvimento de tratamentos contra a metástase do câncer de mama, um dos de maior incidência nas mulheres.
O estudo demonstra que as moléculas de microRNA, conhecidas como mir-126, mir-335 e mir-206, reduzem o tumor e evitam a sua migração.
 
Mas elas podem ser atacadas "pelas células cancerígenas que se desenvolvem como tumor metastásico", explicou o pesquisador espanhol Joan Massagué, em entrevista à Efe.
 
Para chegar a estas conclusões, os cientistas estudaram o desenvolvimento das moléculas "in vitro". Depois, implantaram em ratos células cancerígenas procedentes de linhas celulares de duas pacientes que tinham sofrido câncer de mama. E comprovaram que restaurar a atividade das moléculas de microRNA em células cancerígenas humanas diminuía a metástase em ossos.
 
Um estudo em 20 pacientes permitiu comprovar que a expressão média das moléculas mir-335 e mir-126 era oito vezes menor nos tumores de pacientes com recaídas.
 
Fonte: Agência EFE

A ONCOPLÁSTICA E O CÂNCER DE MAMA

10/1/2008
 
Novas esperanças para as mulheres que enfrentam a dura luta contra o câncer de mama.
 
Todos os anos o câncer de mama atinge um grande número de mulheres em todo o país, sendo o responsável por cerca de 20% das mortes entre as brasileiras. Estudos recentes comprovam que na última década o aumento de casos vem aumentando, principalmente, nas mulheres mais jovens. Alguns fatores têm contribuído para o aumento da doença, entre eles, a obesidade e o sedentarismo, além do controle de natalidade e da gestação em idade avançada.
 
Atualmente é recomendado que todas as mulheres a partir dos 35 anos realizem a mamografia anualmente, pois o ultrassom mamário é o melhor exame para diagnosticar precocemente a doença em mulheres mais jovens. Esse exame também é indicado para pacientes que tenham histórico familiar da doença (em até primeiro grau). Nesse caso a prevenção deve começar a partir dos 30 anos. Os exames de rotina e o auto-exame são fortes aliados para a detecção precoce da doença que quanto mais cedo for descoberta acarretará menor sofrimento nos tratamentos e haverá mais chances de cura.
 
Com os avanços da medicina atual, receber um diagnóstico de câncer de mama não é mais tarefa difícil na vida das mulheres, já que vários recursos e tratamentos têm ajudado a minimizar esse processo. Entre eles, o exame do linfonodo sentinela, que consiste na marcação de um gânglio linfático e retirada do mesmo no início da cirurgia, caso seja diagnosticado que ele não foi atingido pela doença, evita-se a retirada de todos os demais gânglios da axila, o que torna a cirurgia menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos complicações pós-operatórias.
 
O desenvolvimento e aprimoramento da oncoplástica trouxeram novas esperanças para as mulheres que enfrentam a dura luta contra o câncer de mama. O uso de sofisticadas técnicas de cirurgia plástica durante a retirada do tumor minimiza as mutilações e deformidades pós-operatórias e melhora o bem-estar físico e psicológico da paciente após a retirada parcial ou total da mama.
 
Entre essas técnicas está a reconstrução mamária que ajuda a manter a auto-estima e a imagem corporal da mulher durante este difícil processo. De acordo com a Cirurgiã Plástica, Tatiana Caloi, da Uniplast, a reconstrução da mama deve ser encorajada e oferecida as pacientes durante a avaliação e preparo para cirurgia de retirada do tumor. "O desejo da paciente reconstruir ou não a mama no mesmo momento da mastectomia ou quadranctomia deve se respeitado, já que não há prejuízo para o tratamento do câncer com a reconstrução mamária. Cada caso deve ser avaliado e pacientes com problemas de saúde como diabetes, hipertensão grave, problemas do coração, obesidade e tabagismo devem ter suas mamas reconstruídas em um segundo momento", explica a Dra. Tatiana Caloi. A reconstrução mamária também pode ser feita por pacientes com cânceres avançados, desde que as mesmas estejam em bom estado de saúde e optem pela cirurgia combinada.
 
Nos casos de mulheres que já fizeram a cirurgia para tirada do tumor, a reconstrução só poderá ser realizada após um ano da cirurgia inicial. "O que deve ser claro, é que a reparação cirúrgica após a retirada de um câncer não muda a história e o prognóstico da doença, mas pode melhorar a qualidade de vida e ajudar na recuperação integral destas mulheres", esclarece a cirurgiã plástica.
 
Após a mulher fazer a cirurgia para reconstrução da mama chega a hora da reconstrução dos mamilos, que na maioria dos casos é retirado junto com a mama que foi operada. Os mamilos são refeitos com cartilagem da orelha, parte do mamilo da outra mama ou pele da própria mama reconstruída. A escolha depende do tamanho do mamilo contra-lateral e do local da pele que vai ser retirada, o procedimento é feito através de uma pequena cirurgia que dura em média 15 minutos e pode ser realizada no consultório médico ou hospitalar, com anestesia local. Segundo a doutora Tatiana Caloi o ideal é que o procedimento seja feito de três a seis meses após a reconstrução da mama e só após três meses do mamilo refeito é que se poderá iniciar a dermopigmentação da aréola.
 
A dermopigmentação de aréola utiliza a mesma técnica da tatuagem artística e seu procedimento dura aproximadamente 30 minutos. "Os pigmentos que utilizamos ajudam a reconstruir uma aréola que não existe ou camufla uma cicatriz que tenha ficado após uma mamoplastia ou quadrantectomia", reforça a Dra. Tatiana Caloi. Ainda de acordo com a médica na maioria das vezes é necessário que após alguns meses seja feito um retoque para melhorar a coloração da aréola reconstruída. A dermopigmentação de aréola é a última etapa de uma reconstrução mamária e faz com que os seios fiquem ainda mais parecidos com os naturais. "Eu digo às minhas pacientes que passaram por uma reconstrução de mama que é de fundamental importância a reconstrução do mamilo e a dermopigmentação da aréola para que a mama fique com um aspecto realmente natural. É a cereja do bolo", diz a cirurgiã plástica, Dra. Tatiana Caloi.
 
Fonte: Portal Fator Brasil
 
 

INTERAÇÃO ENTRE PROTEÍNAS PODE EVITAR QUE CÂNCER SE ESPALHE – DIZ ESTUDO

3/1/2008
 
Cientistas do Reino Unido descobriram uma forma de evitar que o câncer se espalhe pelo corpo do paciente, um processo conhecido como metástase.
Em um artigo publicado na revista especializada "Mollecular Cell", a equipe do Instituto de Pesquisa de Londres descreve como duas proteínas interagem naturalmente para evitar a formação dos tumores secundários.
Segundo os cientistas, o câncer se espalha graças a uma proteína chamada Mena. Já se sabia que esta proteína ajuda células cancerosas a se moverem para longe de um tumor e se espalharem pelo corpo para formar os tumores secundários.
Normalmente, uma segunda proteína, chamada Tes, evita que isto aconteça. O problema é que a primeira proteína existe em quantidades excessivas, muito maiores do que as quantidades de Tes.
O chefe da pesquisa, Michael Day, afirmou que a proteína Tes ainda não foi muito estudada, mas está ausente em muitos tumores.
Bloqueio
Usando uma série de técnicas, como raios-X e cristalografia, nas quais podem ser observadas as estruturas de moléculas em 3-D, Day e seus colegas descobriram que a proteína Tes se liga à proteína Mena, o que impede que esta última se ligue a outras proteínas.
Sem conseguir interagir com suas proteínas parceiras, a Mena não consegue fazer com que células cancerígenas saiam do tumor.
Segundo Michael Day, se os cientistas puderem sintetizar um medicamento que atue como a proteína Tes, bloqueando a Mena, os médicos poderão paralisar o processo de metástase, em casos onde já exista o tumor.
"O surpreendente é que, analisando a Tes, não prevíamos que ela iria interagir com a proteína Mena. Vai levar muito tempo, mas, observando a estrutura, podemos ter pistas para sintetizar medicamentos que imitem a interação entre as proteínas e evite que células (cancerígenas) migrem (para fora do tumor)".
Segundo a organização britânica Cancer Research UK, da qual o Instituto de Pesquisa de Londres faz parte, 20 mil pessoas morreram devido a vários tipos de câncer em todo o mundo em 2007.
 
Fonte: BBC Brasil
 
 
 
 

DESCOBERTA ITALIANA PODE MELHORAR DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA

 
3/1/2008
 
ROMA, 2 JAN (ANSA) – Um estudo italiano descobriu a ação de uma proteína que funciona como "guarda-costas" de um dos principais agentes anti-câncer do corpo humano. Segundo os pesquisadores, a aplicação desta descoberta em casos de câncer de mama permitiria melhorar a avaliação da gravidade da doença e pode levar ao desenvolvimento de novos métodos de tratamento.
Segundo a pesquisa, publicada pela revista britânica Nature, a proteína NUMB, cuja ação já era conhecida em tumores menos agressivos, é capaz de atuar contra o crescimento do câncer de mama ao funcionar como "ajudante" de um dos principais atores anti-câncer, a proteína p53.
Sem a NUMB, a p53 deixa de funcionar e as conseqüências podem ser sérias: o tumor tem um prognóstico menos favorável e é resistente à quimioterapia.
"Com NUMB, temos à disposição um novo biomarcador para utilizar como indicador de prognóstico do câncer. E um novo ‘circuito’ molecular a modular do ponto de vista farmacológico para restaurar as condições de normalidade", explica Pier Paolo Di Fiore, Diretor Científico da Fundação Instituto FIRC de Oncologia Molecular de Milão e responsável pelo estudo.
O emprego de NUMB como indicador no diagnóstico já seria possível de imediato: bastaria avaliar a sua quantidade em um tecido retirado do paciente.
 
Fonte: Portal Latino-Americano da Agência ANSA

ACESSO GRATUITO A MEDICAMENTOS

 
O direito ao acesso gratuito a medicamentos é um direito de todos?
 
Muito embora a discussão sobre o direito ao acesso gratuito a medicamentos não seja pacífica, a grande maioria dos doutrinadores e juízes entende que esse é um direito garantido a todos os cidadãos brasileiros.
A Constituição Federal, atenta aos anseios da sociedade, deu abrigo aos direitos e garantias fundamentais de pessoa humana. Nessa linha, conferiu ao Estado, por intermédio do Sistema Único de Saúde, o dever de garantir, a todos, o direito à saúde, mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
 
O SUS deve fornecer medicamentos gratuitos a todos independentemente da sua situação financeira?
 
Sim, desde que comprovada a necessidade clínica do paciente e a eficácia do medicamento.
 
Como comprovar a necessidade clínica?
A necessidade clínica do uso do medicamento pode ser comprovada pelo paciente a partir dos exames diagnósticos acompanhados de laudo e receituários médicos.
 
Como comprovar a eficácia do medicamento?
 
A eficácia do medicamento pode ser comprovada por meio de relatório médico, fundamentado na literatura médica, bem como pelo seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), valendo dizer que a aprovação do medicamento pela Agência só ocorre após criteriosa pesquisa, que dentre outros, critérios, avalia a eficácia do produto. Os registros de medicamentos podem ser consultados no site da ANVISA.
 
O que fazer quando o SUS não fornece o medicamento?
 
Quando o SUS nega ou cria obstáculos para o fornecimento de medicamentos, comete uma ilegalidade, pois deixa de cumprir um mandamento legal. Assim, as pessoas que tiverem o seu direito violado, podem entrar com ações na Justiça, exigindo o fornecimento dos medicamentos prescritos.
 
Como proceder quando a necessidade do medicamento é urgente?
 
Quando a necessidade do uso do medicamento for urgente – o que ocorre na maioria dos casos – pode o autor da ação formular pedido liminar. Esse pedido deve ser analisado (e julgado) de imediato pelo juiz. Se deferido, o SUS é obrigado a fornecer o remédio em poucos dias.
 
Observação:
 
Recomendamos que o paciente, antes de ingressar com a ação judicial, protocole requerimento escrito em qualquer unidade do SUS, solicitando, com base na receita médica, os medicamentos dos quais necessita, conforme modelo a seguir. Se o pedido não for atendido, estará plenamente configurada a ilegalidade praticada pelo Estado.
Formulário: Fornecimento de Medicamento
 
Tiago Farina Matos
Advogado Sanitarista
 
Marina Deieno
Assistente Jurídica